Aos 95 anos na senda do Centenário


A Região de Bragança-Miranda reuniu-se em festa para celebrar os 95 anos de Escutismo na senda do centenário. Um ano após a fundação em Portugal, por D. Manuel Vieira de Matos, Arcebispo Primaz de Braga, em 1923, em 06 de junho de 1924, por intermédio do Pe. Albano Falcão e do Tenente António Eduardo Faria, entre outros, o movimento escutista chegava a Bragança e a esta região.

Este ano, o evento comemorativo decorreu em Mirandela nos dias 8 e 9 de junho. O Chefe Regional, Luís Batista, na cerimónia de abertura, mostrou regozijo pelo vigor deste movimento nesta data evocativa bem como agradeceu “o empenho e dedicação de todos quantos, até esta data, por aqui passaram, desde os fundadores aos antigos e atuais escuteiros e dirigentes quer em cada agrupamento quer na Junta Regional”.

D. José Cordeiro, bispo da diocese de Bragança-Miranda esteve também em campo a assinalar a sua presença e proximidade, trocando algumas impressões e a todos deixar a sua mensagem de apoio, colaboração e estímulo no Fogo de Conselho, à volta da fogueira, onde lembrou aos escuteiros que “o importante é manter acesa a chama e não suportar as cinzas pois que a chama arde e permanece para além das cinzas que vão desaparecendo” incentivando para que “todos sejam luz que ilumine os caminhos da paz, com alegria e em fraternidade”.

Pormenor do desfile pelas ruas de Mirandela

O Chefe Nacional, Ivo Faria, apresentou-se em campo no sábado, durante o Fogo de Conselho, e no domingo também desfilou pelas ruas da cidade com os seus escuteiros ao ritmo da Fanfarra do Agrupamento 801 de Valverde, além de ter integrado e cantado com o Coro do Agrupamento 602 que abrilhantou a celebração eucarística dominical na comunidade local da Unidade Pastoral de Nossa Senhora do Amparo.

Imagem durante a eucaristia na comunidade

Também o Assistente Nacional, Pe. Luís Marinho, coadjuvado pelo pároco, Cónego Valentim Bom e pelo Assistente Regional, Pe. Humberto Coelho presidiu à eucaristia. Da sua homilia retiramos “como é importante reconhecermos que todos, na diversidade dos movimentos, da organização da Igreja e da sociedade, temos esta meta: de pormos os nossos dons e talentos, que no dizer de S. Paulo, é o mesmo espírito que os faz nascer, ao serviço do bem comum, experimentando que o Espírito Santo de Deus haja na vida de cada um de nós”.

A presença solidária destes dois responsáveis nacionais do escutismo é bem digna de nota, no sentido de o “Corpo Nacional de Escutas” se manter unido e funcional, bem vincada pela proximidade manifestada junto dos escuteiros, designadamente os lobitos que puderam conviver e fazer perguntas ao Chefe Ivo.

Os escuteiros ouvindo as instruções do jogo de cidade

Durante os dois dias, os escuteiros participaram em diversas atividades tais como o jogo de cidade à descoberta de Mirandela, o Fogo de Conselho, atividades físicas e lúdicas de desenvolvimento pessoal e em equipa, bem como em outras iniciativas de convívio e encontro entre os diversos elementos dos agrupamentos da região.

Este evento só foi possível com a ajuda e colaboração dos Agrupamentos, dos pais dos escuteiros e das entidades que connosco colaboraram e a quem deixamos uma palavra de apreço, designadamente ao Agrupamento 478 de Mirandela, à Câmara Municipal de Mirandela, aos Salesianos de Mirandela, à PSP de Mirandela e à comunidade local que tão bem nos acolheu. Bem hajam!

A isto se pode mesmo chamar Dia da Comunidade Escutista – Juntos, mais fortes e mais unidos!